Saturday, February 24, 2007
à/aparte
Sem ser desintegrado, nunca se sentiu integrado também. Calhava bem nas falhas do passeio de grupos e amizades. Não que não as tenha, mas não as tinha a sentir possessão.
Não tinha pensado nisto antes de lho terem dito. E talvez lhe terem dito o tenha provocado por si mesmo. Não, talvez não, talvez tenha sido daquela vez em que ficou extremamente desiludido.
De qualquer das formas já não se interessava muito no porquê do que tinha acontecido.
E pensando bem, também não lhe interessava sair daquela situação.
Gostava bastante de florescer no meio daquele caos fértil de desconhecido e não familiar. Gostava de desembrulhar as pessoas, como uma criança dos tempos modernos, que quando familiarizada com o brinquedo perdia o seu avassalador interesse inicial. Não, decididamente, sentia-se bastante confortável com a situação.
Via à sua volta pessoas extremamente ligadas (nem sempre contentes, mas que tentavam perdurar naquela relação contínua) e apenas conseguia um olhar frio contemplativo e um esgar. Nada mais. Aquele homem não era a criança que aquele grupo de pessoas tinham conhecido antes.
E no entanto apegava-se a pessoas individuais. Detestava-as como grupo. Talvez porque na origem de um grupo surjam as regras de conduta desse próprio grupo. E ele já tinha as suas próprias regras, completamente camaleónicas para as suas situações.
Não, ele era definitivamente um homem de uma pessoa de cada vez.
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